Ocupa e Resiste!
A ocupação do prédio da Reitoria da UnB garante muitas vitórias e abre uma nova fase do movimento estudantil.
Por Fábio Felix*
Os estudantes da Universidade de Brasília ocuparam a Reitoria, mobilizados por uma pauta que denunciava um processo complexo de corrupção, falta de democracia, truculência e uma política equivocada a frente da administração da universidade. As sucessivas denuncias contra o Reitor, os escândalos envolvendo as fundações de direito privado e também parte da administração superior da UnB demonstraram um esquema de privilégios, falta de compromisso com o público e dedicação na aplicação de uma política autoritária e privatista na UnB.
A crise que a UnB continua mergulhada ia se aprofundando em uma rápida dinâmica de exposição da instituição e gerando um profundo questionamento por parte da sociedade do que deveria ser feito. As denuncias divulgadas pelo Ministério Público, TCU e outros órgãos eram sintomáticas por que deixavam clara a situação insustentável da gestão Timothy Mulholland e a necessidade de democracia e participação nos espaços da universidade.
O movimento estudantil foi inegavelmente o protagonista e impulsionador de um processo amplo de lutas na UnB, o DCE convocou várias assembléias, atos, reuniões com outras entidades e estimulou uma campanha pelo Fora Timothy, fora fundações de apoio e pela democratização da instituição. A campanha tomou uma dimensão nacional capaz de tremer a relação das universidades com as fundações de apoio.
A ocupação da Reitoria da UnB foi o instrumento que os estudantes encontraram para dialogar com a comunidade universitária e também com toda a sociedade brasileira. Este mecanismo deve refletir a grande dificuldade de interlocução que estudantes tinham com a antiga gestão da UnB e que os estudantes brasileiros tem com o governo federal.
A permanência da ocupação não foi fácil, mas as pressões de várias instituições do estado, da sociedade e a angustia da eminente entrada policial não foram suficientes para desencorajar a luta de todos nós estudantes da UnB. O apoio declarado por várias entidades de todo o Brasil, as cartas de solidariedade e as assembléias lotadas serviam para dar sempre um novo gás para nossa resistência.
A luta contra a corrupção e pela democratização da universidade mobilizou milhares de estudantes da UnB e de todo o Brasil e garantiu grandes vitórias para o movimento estudantil. A direção majoritária da UNE (União Nacional dos Estudantes) que há muito tempo não se posiciona a favor da luta estudantil, tentou se aproveitar deste importante momento político para se re-localizar na conjuntura, mas não reflete mais a realidade cotidiana dos estudantes, porque prefere defender as políticas educacionais do governo ao invés de lutar junto ao estudante pela universidade pública.
Os professores e servidores da UnB embarcaram com muita força na luta dos estudantes e também pediram a saída do Reitor, do Vice e de toda sua equipe e perceberam a necessidade de redemocratizarmos os espaços da universidade pública. A vitória ocasionada pela mobilização estudantil e pela ocupação da Reitoria da UnB, foi a peça impulsionadora de um movimento mais amplo que envolve todos os segmentos da universidade e garantiu por fim uma vitória tão contundente de todos os que lutaram em defesa de uma UnB pública, gratuita, democrática e de qualidade!
A ocupação que durou 15 dias coloca o movimento estudantil não só da UnB em uma nova fase, a qual, os estudantes voltam a acreditar na mobilização e na luta como instrumento de mudança da realidade! Quando percebermos que falta professor em sala de aula, ou quando assistirmos as condições precárias das universidades, ou mesmo quando o governo através de decreto publicar mais ataques à educação pública vamos ter a certeza que nossa luta pode garantir grandes mudanças!
Defender a UnB, acabar com os privilégios, denunciar o processo de corrupção, lutar pela democratização dos espaços da universidade, lutar contra as fundações de direito privado nas universidades públicas, impedir a implementação do projeto de expansão difuso da UnB (REUNI) são as principais pautas de todos nós estudantes que ocupamos a reitoria da Universidade de Brasília.
Nós desocupamos o prédio da Reitoria para ocupar toda a universidade, salas de aula, conselhos, assembléias, reuniões, departamentos, institutos e faculdades continuando com afinco e resistência a tarefa de defender a UnB e a universidade pública brasileira! A palavra-de-ordem continua sendo sem duvida: Ocupa e Resiste!
A ocupação do prédio da Reitoria da UnB garante muitas vitórias e abre uma nova fase do movimento estudantil.
Por Fábio Felix*
Os estudantes da Universidade de Brasília ocuparam a Reitoria, mobilizados por uma pauta que denunciava um processo complexo de corrupção, falta de democracia, truculência e uma política equivocada a frente da administração da universidade. As sucessivas denuncias contra o Reitor, os escândalos envolvendo as fundações de direito privado e também parte da administração superior da UnB demonstraram um esquema de privilégios, falta de compromisso com o público e dedicação na aplicação de uma política autoritária e privatista na UnB.
A crise que a UnB continua mergulhada ia se aprofundando em uma rápida dinâmica de exposição da instituição e gerando um profundo questionamento por parte da sociedade do que deveria ser feito. As denuncias divulgadas pelo Ministério Público, TCU e outros órgãos eram sintomáticas por que deixavam clara a situação insustentável da gestão Timothy Mulholland e a necessidade de democracia e participação nos espaços da universidade.
O movimento estudantil foi inegavelmente o protagonista e impulsionador de um processo amplo de lutas na UnB, o DCE convocou várias assembléias, atos, reuniões com outras entidades e estimulou uma campanha pelo Fora Timothy, fora fundações de apoio e pela democratização da instituição. A campanha tomou uma dimensão nacional capaz de tremer a relação das universidades com as fundações de apoio.
A ocupação da Reitoria da UnB foi o instrumento que os estudantes encontraram para dialogar com a comunidade universitária e também com toda a sociedade brasileira. Este mecanismo deve refletir a grande dificuldade de interlocução que estudantes tinham com a antiga gestão da UnB e que os estudantes brasileiros tem com o governo federal.
A permanência da ocupação não foi fácil, mas as pressões de várias instituições do estado, da sociedade e a angustia da eminente entrada policial não foram suficientes para desencorajar a luta de todos nós estudantes da UnB. O apoio declarado por várias entidades de todo o Brasil, as cartas de solidariedade e as assembléias lotadas serviam para dar sempre um novo gás para nossa resistência.
A luta contra a corrupção e pela democratização da universidade mobilizou milhares de estudantes da UnB e de todo o Brasil e garantiu grandes vitórias para o movimento estudantil. A direção majoritária da UNE (União Nacional dos Estudantes) que há muito tempo não se posiciona a favor da luta estudantil, tentou se aproveitar deste importante momento político para se re-localizar na conjuntura, mas não reflete mais a realidade cotidiana dos estudantes, porque prefere defender as políticas educacionais do governo ao invés de lutar junto ao estudante pela universidade pública.
Os professores e servidores da UnB embarcaram com muita força na luta dos estudantes e também pediram a saída do Reitor, do Vice e de toda sua equipe e perceberam a necessidade de redemocratizarmos os espaços da universidade pública. A vitória ocasionada pela mobilização estudantil e pela ocupação da Reitoria da UnB, foi a peça impulsionadora de um movimento mais amplo que envolve todos os segmentos da universidade e garantiu por fim uma vitória tão contundente de todos os que lutaram em defesa de uma UnB pública, gratuita, democrática e de qualidade!
A ocupação que durou 15 dias coloca o movimento estudantil não só da UnB em uma nova fase, a qual, os estudantes voltam a acreditar na mobilização e na luta como instrumento de mudança da realidade! Quando percebermos que falta professor em sala de aula, ou quando assistirmos as condições precárias das universidades, ou mesmo quando o governo através de decreto publicar mais ataques à educação pública vamos ter a certeza que nossa luta pode garantir grandes mudanças!
Defender a UnB, acabar com os privilégios, denunciar o processo de corrupção, lutar pela democratização dos espaços da universidade, lutar contra as fundações de direito privado nas universidades públicas, impedir a implementação do projeto de expansão difuso da UnB (REUNI) são as principais pautas de todos nós estudantes que ocupamos a reitoria da Universidade de Brasília.
Nós desocupamos o prédio da Reitoria para ocupar toda a universidade, salas de aula, conselhos, assembléias, reuniões, departamentos, institutos e faculdades continuando com afinco e resistência a tarefa de defender a UnB e a universidade pública brasileira! A palavra-de-ordem continua sendo sem duvida: Ocupa e Resiste!
Sem comentários:
Enviar um comentário