quinta-feira, março 06, 2008


DIA 8 DE MARÇO: DEDICADO À LUTA EM DEFESA DA MULHER TRABALHADORA, CONTRA O MACHISMO, A OPRESSÃO E PELO SOCIALISMO.


Por Neide Solimões*
No Dia Internacional da Mulher é fundamental que nós, mulheres, entendamos o que significa essa luta para nós, trabalhadoras. Não se pode ver o dia 8 de março como um dia para recebermos presentes e flores. É um dia onde devemos explicitar para a sociedade a nossa luta cotidiana contra o capitalismo, a opressão, a exploração, a retirada de direitos, a violência, o assédio moral e sexual, a dupla e até tripla jornada de trabalho, a repressão e o controle do estado sobre o nosso corpo. Essa luta para ser vitoriosa tem destino certo, que são os governos e os patrões, que oprimem mulheres e homens para que possam melhor explorar toda a classe. O machismo, a opressão e a exploração é parte integrante do capitalismo, por isso só os destruiremos se destruirmos o próprio capitalismo.Nessa luta precisamos nos organizar para enfrentar o governo Lula que, além de já ter aumentado a idade para aposentadoria, agora quer diminuir a diferença de idade entre mulheres e homens, sem levar em consideração a dupla/tripla jornada de trabalho a que as mulheres são submetidas. Muitas mulheres sequer terão saúde quando se aposentarem, pois estarão esgotadas física e mentalmente. Outras reformas que destroem direitos, como a trabalhista e a sindical, novamente atingirão muito mais as mulheres, pois os direitos conquistados com suor e sangue em décadas passadas estarão com os dias contados e os sindicatos, nossos instrumentos de luta, estarão muito mais enfraquecidos. Isso já seria grave mas o governo Lula também quer acabar com o direito de greve, para evitar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras.Para se ter uma idéia das condições de vida das mulheres brasileiras, podemos citar alguns dados estarrecedores, cuja fonte é o próprio governo através do IBGE, PNAD (2006) e do SUS: a cada 15 segundos uma mulher é espancada e em 50% dos casos o agressor é o marido ou companheiro; Cerca de 1 milhão de mulheres, por ano, fazem aborto no Brasil. 250 mil dão entrada em hospitais com hemorragias ou infecções decorrentes de abortos inseguros; As mulheres com carteira assinada ganham, em média, 28,4% menos que os homens, no Brasil; A principal ocupação feminina ainda é o trabalho doméstico, representando 17% da força de trabalho, sendo que dessas 55% são negras, 60% não completaram o ensino fundamental e só 25% tem carteira assinada.Em defesa da mulher trabalhadora, precisamos lutar contra o pagamento das dívidas externa e interna, por direito ao emprego e salários dignos, salários iguais para tarefas iguais, contra as reformas neoliberais que retiram direitos de mulheres e homens, por saúde e educação públicas de qualidade, pela legalização e descriminalização do aborto e por todas as lutas que reivindiquem para trabalhadores e trabalhadores melhor qualidade de vida.


Neide Solimões: Executiva Nacional da CONDSEF e do Diretório Nacional do PSOL.

quarta-feira, março 05, 2008


Bancada do PSOL presta solidariedade ao Presidente do Equador

Por iniciativa da Deputada Federal e líder do PSOL na Câmara, Luciana Genro, uma comitiva de parlamentares brasileiros esteve com o Presidente do Equador, Rafael Correa, em Brasília, ao meio-dia de hoje, 5 de março, prestando solidariedade ao governo equatoriano diante da agressão à soberania territorial daquele país por parte do governo da Colômbia. "Esse episódio explicita a disposição do governo colombiano de Álvaro Uribe em sabotar o acordo humanitário que vinha promovendo a liberação dos reféns das FARC", afirmou a líder da bancada do PSol. O governo da Colômbia deve ser responsabilizado por eventuais dificuldades em futuras liberações de reféns, concluiu após entregar a Correa uma declaração da executiva do PSOL que repudia a incursão criminosa de Uribe no Equador.

A solidariedade da comitiva, que era composta por toda a bancada do PSOL no Congresso e por outros deputados, foi muito bem acolhida pelo Presidente Correa que comentou aos parlamentares que "essa não é uma crise bilateral entre Colômbia e Equador, mas uma crise continental. Quem pode garantir que amanhã não será o Brasil a ter seu território invadido?" argumentou ele. A seguir, o texto da declaração.


Declaração do PSOL repudia a incursão criminal de Uribe no Equador

A ação capitaneada pelo governo de Uribe em território equatoriano em 1º de março é uma provocação inaceitável contra todo o povo latino-americano e seus países. É necessário o mais enérgico repúdio ao governo colombiano e a solidariedade com os governos do Equador e da Venezuela que imediatamente retiraram seus embaixadores da Colômbia.
O governo equatoriano de Rafael Correa mostrou a enorme gravidade do fato confirmado depois da visita das forças armadas de seu país ao lugar do acontecido: “Equador sofreu um ataque aéreo planificado e uma incursão posterior das tropas com a plena consciência de que estavam violando nossa soberania”. O presidente explicou também que “todos os cadáveres estavam com roupas de dormir, o que descarta a versão oficial de uma perseguição em legítima defesa”. Deixou esclarecido também que se tratou de um massacre, já que os aviões colombianos “entraram mais de 10 km em território equatoriano e em seguida foram seguidos por helicópteros que concluíram a matança, inclusive com tiros pelas costas”.
Organizações democráticas e de defesa dos direitos humanos colombianas tem denunciado sistematicamente a política de Uribe de apoio aos paramilitares e a vinculação de seu governo ao narcotráfico. É um dado também que o exército colombiano é quem, depois de Israel, recebe a maior ajuda militar dos Estados Unidos. Há no território colombiano assessores e mais de 3.000 soldados e/ou mercenários desse país atuando com o exército colombiano.
Com esta ação militar para massacrar os guerrilheiros, o governo de Uribe deixou cair totalmente sua máscara de governo que pretendia negociar para obter a libertação dos reféns em poder das FARC. O massacre e assassinato de Raúl Reyes ocorrem quando este dirigente das FARC estava negociando diretamente com enviados da França a libertação de Ingrid Bettancourt. Repudiamos o massacre e lamentamos profundamente a morte de todos os guerrilheiros.
Fica claro que sua política é de extermínio e militarista, como têm denunciado inclusive familiares dos reféns que esperavam e apoiavam a solução de negociações que havia empreendido o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Mas vai mais além. Pela primeira vez em nosso continente ocorreu um fato similar às incursões do exército sionista de Israel sobre o Líbano e a Palestina. Isto acontece quando é sabido que Equador e Venezuela, que fazem fronteiras com a Colômbia, assumem de forma soberana e democrática uma posição de independência econômica e política dos EUA, procurando uma integração continental por fora do servilismo ao imperialismo norte-americano.
O PSOL apóia o presidente Rafael Correa em sua política de não admitir a invasão covarde e manipulada às fronteiras do Equador. Apóia também atitude do presidente Hugo Chávez, que vem alertando sobre o significado da política militarista de Uribe e que, frente à gravidade do fato, expulsou todos os diplomatas da Colômbia e enviou suas tropas à fronteira. São ações soberanas tomadas pelos presidentes Correa e Chávez para evitar qualquer tentativa das forças armadas dirigidas por Uribe de socavar a soberania de seus países.
O PSOL denuncia que a política criminosa de Uribe, apoiada diretamente pelo governo dos Estados Unidos, é o principal perigo de uma escalada armamentista na região. Para evitar esta possibilidade, que com certeza não é o desejo dos povos das três nações, expressamos também nossa solidariedade e apoio ao povo colombiano na sua luta contra o governo Uribe, inimigo declarado de seu povo, da unidade latino-americana e um fiel defensor dos interesses imperialistas na América Latina. Para que nosso continente não se torne um novo Oriente Médio, se impõe o desmantelamento das bases militares dos Estados Unidos na região.
O PSOL exige que o governo Lula tome uma atitude de firmeza e acompanhe a posição soberana dos governos de Equador e da Venezuela para isolar esse projeto militarista contra os povos de nosso continente.

Executiva Nacional do PSol
Brasília, 5 de março de 2008

terça-feira, março 04, 2008


Ataque militar da Colômbia em território equatoriano é ordem direta dos Estados Unidos!


Cumprindo ordens diretas dos governantes americanos, as forças armadas colombianas invadiram terriório equatoriano onde mataram dirigentes e guerrilheiros das FARC. Esta ação esta inserida no "Plano Colômbia", que visa derrotar as Forças Revolucionárias da Colômbia com base em um discurso forjado e autoritário.

O ataque imperialista em território equatoriano além de desrespeitar as leis do direito internacional, também atrapalham a boa convivência dos países na região. Os governantes Colômbianos e seu principal representante o Presidente Alváro Uribe atuam como "vassalos" do governo americano, obedecendo suas ordens e caminhando na contramão do processo político em curso na américa latina.

A campanha ideologica patrocinada pelos bilhões de dólares americanos e pela imprensa internacional insiste em caracterizar as FARC como uma organiação terrorista, que mata e pune com crueldade seus opositores. Muito pelo contrário, quem agiu décadas desta forma foram sucessivos governos colombianos que não aceitaram qualquer diálogo com a organização política independente.

A esquerda brasileira, suas organizações, trabalhadores e toda a juventude devem defender a livre organização nestes países não aceitando as supostas "verdades absolutas" vindas dos ideólogos do império americano sobre a caracterização das organizações de esquerda dos países latino-americanos.

Obviamente isto não deve significar que a esquerda brasileira concorde com a tática e a estratégia utilizada por esta organização, mas revela a necessidade de uma análise a partir de outros pressupostos que não os que são impostos atualmente.

A atuação do Governo Chávez e do Governo Rafael Corrêa têm sido importantes no sentido de marcar posição contra o ataque imperialista. A expulsão dos embaixadores da Colômbia deste dois países e a ruptura das relações diplomáticas demonstram concretamente uma ação progressista que reflete que não há diálogo com países que obedecem até as últimas consequências as ordens dos Estados Unidos. Estados latino-americanos que chegam ao absurdo de invadir o terriório e autonomia de outra nação para levar adiante um plano assassino tramado pelo imperialismo.

No Brasil a posição do Governo Lula é de manter uma boa relação com os Estados Unidos, tratando da mesma forma Uribe e Corrêa como se não houvesse uma intervenção americana. Ninguém tinha qualquer expectativa do Governo brasileiro tomar atitudes anti-imperialistas, já que desde seu primeiro mandato a postura foi mais de submissão econômica e política.

Este momento é fundamental para que se aprofunde a luta anti-imperialista na america latina, que a esquerda possa esclarecer como tem sido o intervencionismo americano em diversos países com o apoio da Colômbia e outros países politicamente mais submissos. Concretamente é necessário o apoio as medidas tomadas pelos dois governos latino-americanos e que os movimentos sociais e partidos de esquerda regionais possam pressiona-los para que intensifiquem medidas que se confrontem com os planos do imperialismo para américa latina.
Um artigo em homenagem a semana da mulher...

A exploração determina o grau de opressão sobre a mulher
Todas as mulheres são oprimidas por serem mulheres, mas não são oprimidas da mesma forma. O que determina o grau de opressão que pesa sobre uma mulher é a classe social à qual ela pertence, o grau de exploração que pesa sobre seus ombros
Cecília Toledo
da Revista Marxismo Vivo

• A exploração, a apropriação da força de trabalho das grandes massas de homens e mulheres pela classe burguesa, é a máxima desigualdade que existe entre as pessoas.
Essa desigualdade significa um antagonismo total e irreconciliável entre os exploradores e os explorados, entre as classes e entre seus partidos e organizações. Desde que surgiu, a exploração se converteu no fato determinante de toda a história da humanidade dali em diante. Não se trata de uma submissão injusta por razões culturais, raciais ou sexuais, mas um fato econômico fundamental, que está na base da produção de toda a sociedade de classes. Em última instância, a luta entre os exploradores e os explorados é o motor da história. E todas as formas de opressão sexual, racial, nacional ou cultural estão subordinadas a essa luta fundamental.Então, na questão da mulher temos de levar em conta as classes sociais, ver que elas sofrem a opressão de forma diferente conforme a classe à qual pertencem, e também temos de levar em conta os períodos históricos. Hoje nós vivemos dominados pela exploração capitalista e sufocados pelo imperialismo. Essa é a luta determinante. Enquanto não acabarmos com isso, todas as nossas conquistas contra a opressão da mulher tendem a perder-se. Isso não significa que não lutemos contra a opressão, pelo contrário, lutamos com mais afinco, exigindo nossos direitos. Mas sabendo que em última instância tudo depende de nossa luta anticapitalista e antiimperialista. As mulheres trabalhadoras e pobres devem organizar-se junto de sua classe
Enquanto existir a exploração capitalista e imperialista, a maioria das mulheres terá de enfrentar todos os dias os problemas que atingem todos os explorados do mundo, independente de seu sexo, raça ou cor. Esses problemas comuns, que são a fome, a miséria, o desemprego, os baixos salários, a falta de serviços públicos de qualidade, a incerteza diante do futuro, a violência cotidiana e cada vez mais brutal que destrói nossas famílias, unem com vínculos de ferro a todos os explorados do mundo. E fazem com que as mulheres trabalhadoras tenham como preocupação central a mesma que os homens de sua classe: a luta pela sobrevivência.E por isso as mulheres trabalhadoras devem organizar-se nas entidades de sua classe, como os sindicatos, as centrais de luta, os sem-terra e outras, e no partido revolucionário para poder lutar contra o capitalismo e o imperialismo, para acabar com a exploração econômica. Só em casos excepcionais as mulheres trabalhadoras levam uma luta comum com as mulheres burguesas contra a opressão.Os trabalhadores e suas organizações devem assumir a luta contra a opressão da mulher como uma luta de toda a classe
Enquanto existir a exploração capitalista e o imperialismo, seus problemas de opressão, como a legalização do aborto, as creches nos locais de trabalho, o fim do assédio sexual, o fim da desigualdade salarial, o fim da violência doméstica, se transformam em bandeiras a serem assumidas pela classe trabalhadora de conjunto, homens e mulheres, porque a luta contra a opressão tem de vir junto com a luta contra a exploração econômica. Faz parte do nosso trabalho revolucionário convencer setores cada vez mais amplos de trabalhadores sobre a importância das lutas contra a opressão da mulher. Porque elas podem, dependendo da direção, assumirem uma dinâmica anticapitalista, ao ganhar para o movimento a milhões de mulheres trabalhadoras.Enquanto existir a exploração capitalista, as mulheres da classe trabalhadora e as massas exploradas do mundo inteiro terão como tarefa prioritária a luta anti-imperialista e pela revolução socialista, único caminho possível para se começar a construir uma nova sociedade, onde os problemas da sobrevivência cotidiana, já resolvidos, abrirão espaço para a solução definitiva dos problemas de opressão que atingem a todas as mulheres.Por isso sempre comemoramos o 8 de Março chamando as mulheres trabalhadoras e pobres a participar das lutas de sua classe contra a exploração capitalista e contra o imperialismo; a se organizem nos partidos políticos de sua classe e repudiem os partidos burgueses. A se filiar aos sindicatos de sua categoria, onde formem comissões de mulheres trabalhadoras para debater seus problemas específicos e lutar contra o machismo e a marginalização das mulheres.A luta contra a opressão não é mero discurso nos dias de festa, nos 8 de março. É uma luta diária, e concreta. Cada mulher que se filia ao Sindicato ou participa de uma greve dá um passo fundamental em sua emancipação. Cada vez que uma mulher se conscientiza de sua situação e se dispõe a enfrentá-la, também está dando mais um passo na luta contra a opressão. Cada mulher que se conscientiza de sua importância na luta pelo socialismo e se dispõe a ajudar na construção do partido revolucionário, fazendo o que melhor saiba fazer, é uma mulher que está enfrentando sua opressão, libertando-se das suas amarras e abrindo o caminho para a emancipação total de todas as mulheres. Mas para conquistar a emancipação total de todas as mulheres é preciso que a classe trabalhadora tome o poder em todos os países, e com isso possamos começar a construir uma nova sociedade, o socialismo, onde aí sim os problemas relativos a opressão poderão entrar em vias de solução definitiva.A revolução socialista na Rússia, por exemplo, foi fundamental para a emancipação da mulher. Nos seus primeiros anos, antes da burocratização do Estado operário pelo stalinismo, os bolcheviques tiveram uma política consciente por liberar a mulher da escravidão do lar porque eram conscientes de que sem isso ela não poderia ocupar o lugar que a revolução necessitava na condução do Estado operário. Apesar da burocratização e da restauração do capitalismo, a revolução socialista na Rússia deixou grandes lições e mostrou ao mundo que em poucos anos, num estado operário em transição ao socialismo, mesmo em economias atrasadas em comparação às potências imperialistas, as mulheres conquistaram muito mais do que em séculos de capitalismo. As lutas das mulheres são parte integrante da revolução socialista, porque o capitalismo senta as bases objetivas para a independência das mulheres, mas não pode levar isso até o fim, fazendo com que essa independência se volte contra ela. A burguesia se tornou incapaz de cumprir as tarefas democráticas, historicamente ligadas à sua ascensão e só sob a direção da classe trabalhadora essas lutas podem chegar a cumprir as tarefas democráticas. Por isso, qualquer frente permanente com a burguesia leva a abandonar a luta por essas tarefas. Na atual época histórica, de decadência cada vez maior das forças produtivas e das condições de vida dos trabalhadores, o imperialismo não pode solucionar nenhum problema de forma definitiva e por isso as lutas democráticas, como as das mulheres, podem num determinado momento e sob determinadas condições, assumir uma dinâmica anticapitalista. Tudo depende do contexto, do programa e, sobretudo, da direção. É por isso que nós chamamos a todas as mulheres da classe trabalhadora a lutarem contra a sua opressão mas desde dentro de sua classe, como parte da luta da classe trabalhadora de conjunto contra a exploração capitalista, contra o imperialismo e pela revolução socialista. A grande e verdadeira luta das mulheres pela emancipação está hoje na luta pela revolução socialista. Sem a participação massiva das mulheres, a luta pelo socialismo e pelo fim definitivo de todas as opressões é um sonho impossível.
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PARTICIPE EM BRASÍLIA-DF:

DEBATE SOBRE A LUTA DAS MULHERES.
DIA: 8/3/2008, Sábado agora.
HORA: 14:00h
LOCAL: Auditório do Sindmetrô
ENDEREÇO: Setor de Diversões Sul, CONIC, Terraço do Edifício Venâncio V (quinto).
De elevador suba até o 5o andar e suba mais 2 lances de escada que chegará lá.
REALIZAÇÃO: Conlutas-DFE, Intersindical- DF e Grito dos Excluídos-DF

domingo, março 02, 2008

Lucros recordes para banqueiros e empresários, mínimo de fome para os trabalhadores
Neste sábado, dia 1º de março, começa a vigorar o novo salário mínimo, que passa dos atuais R$ 380 para R$ 415. O reajuste irrisório contrasta com os ganhos recordes dos bancos, empresários, assim como o aumento da arrecadação do próprio governo
Diego Cruz da redação

As centrais sindicais, como CUT e Força Sindical, festejaram o novo mínimo, classificando o aumento como uma grande “vitória” dos trabalhadores. Não poderia ser diferente. O reajuste faz parte de um acordo estabelecido entre o governo Lula e as centrais em 2006, estabelecendo uma política que, na prática, congela o salário mínimo. Pelo acordo, o mínimo teria uma variação igual à inflação do ano anterior, mais um reajuste referente ao aumento do PIB dos dois anos anteriores.
Tal política intitulada cinicamente de “valorização do salário mínimo”, visa impedir qualquer movimento por um real aumento do mínimo. Assim, enquanto a economia ainda cresce e praticamente todos os setores patronais têm ganhos recordes, o mínimo continua arrochado.Os bancos, por exemplo, tiveram lucros recordes, crescendo a taxas bem superiores aos 9,2% do mínimo. Só em 2007, o Bradesco teve crescimento de 58,5%, lucrando nada menos que R$ 8 bilhões. O Itaú cresceu ainda mais, 96%, com seu lucro de R$ 8,4 bilhões no período, o maior lucro já obtido por um banco no país em toda a história. Já o lucro do espanhol Santander foi mais “modesto”, de R$ 1,8 bilhão.“Não sei que tanto tem para reclamar, quando a economia cresce, todo mundo cresce”, chegou a afirmar o economista chefe da Febraban, a Federação Brasileira dos Bancos, Nicolas Tingas. Lula, por sua vez, faz questão de lembrar que não é apenas o setor financeiro que vem tendo lucros estratosféricos. “De vez em quando as pessoas falam: os bancos estão ganhando muito bem. Mas é só pegar a lista dos 500 maiores empresários, escolher o setor, e vamos perceber que todos estão ganhando de forma muito vigorosa”, afirmou o presidente durante reunião com empresários no Palácio do Planalto no último dia 28.
De acordo com levantamento da Economática, as 65 principais empresas com o capital negociado na bolsa tiveram um aumento de 34,6% em seus lucros em 2007. A rentabilidade dessas empresas foi de, em média, 22%, lucrando juntos R$ 22,5 bilhões. Os lucros das multinacionais instaladas no país também impulsionam as remessas para o exterior, que crescem cada vez mais.
Essa é a distribuição de renda democrática do governo Lula. Lucram banqueiros, empresários e ainda os especuladores internacionais, que encontram no país altos juros e isenções de impostos.Setor público também arrecada maisAssim como o setor privado, o governo também nunca arrecadou como agora. A receita em impostos cresceu 11,93% em 2007. Só do imposto que incide sobre os lucros das empresas, o CSLL, o governo arrecadou R$ 6 bilhões. Em janeiro deste ano a arrecadação foi recorde. Mesmo sem a CPMF, a arrecadação cresceu 20% em relação ao ano passado, cerca de R$ 62 bilhões.
Isso comprova que, caso o governo Lula desejasse, poderia conceder um aumento bem maior ao salário mínimo. Tanto o setor público quanto o privado teriam plenas condições de suportarem um aumento acima dos meros R$ 35 dado ao mínimo. Salário dos trabalhadores não cresceSe os lucros dos bancos, empresas e do próprio governo não pára de crescer, os trabalhadores enfrentam a inflação e o aumento brutal dos produtos da cesta básica, situação que penaliza os mais pobres. Os alimentos sofreram forte alta no último período. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o preço da cesta básica teve uma alta acumulada de mais de 20%, em nove capitais pesquisadas pelo órgão. O feijão chegou a subir 275% em Fortaleza (CE). Produtos de primeira necessidade como carne, leite e óleo de soja também foram os que mais subiram.
Só o valor da cesta básica na capital paulista, estipulada em R$ 229, representa mais de 50% do novo mínimo de Lula. Para o Dieese, o salário mínimo deveria ser de R$ 1.924,59, a fim de satisfazer as necessidades básicas de uma família, como prescreve a Constituição.
Comentário sobre o novo salário mínimo extraído do site: www.pstu.org.br
Deu no Terra.com.br .... Agra é Rafael Corrêa que decide romper as relações diplomaticas com a Colômbia...
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Equador retira embaixador de Bogotá

O Equador retirou, hoje, seu embaixador de Bogotá, na Colômbia, ao considerar como "transgressão" a operação colombiana que matou, em território equatoriano, 17 guerrilheiros das Farc, incluindo o número dois do grupo, Raúl Reyes, informou a chancelaria.

"O Equador resolve retirar, de imediato, seu embaixador em Bogotá frente aos graves fatos ocorridos na zona fronteiriça, que constituem uma transgressão dos princípios de soberania e integridade territorial", afirmou o ministério em um comunicado.
Uma fonte da chancelaria informou que Quito não está "rompendo relações" com Bogotá, apenas reduzindo-as para um nível mínimo.
A operação, na qual morreu o porta-voz internacional das Farc, "Raúl Reyes", é considerada pelo Equador como uma "agressão" e uma "bofetada no país", pois aconteceu em território equatoriano, na zona de Angostura, na província amazônica de Sucumbíos. Além disso, Quito, após receber relatórios militares do lugar onde se produziram os eventos, qualificou a morte dos guerrilheiros das Farc como um "massacre" cometido pelas forças de segurança colombianas.
A deterioração das relações entre ambos países, por causa do incidente fronteiriço, também levou o presidente equatoriano a retirar o convite do governo colombiano para que assista à inauguração de uma planta de produção de etanol no departamento colombiano de Santander, no próximo 30 de março.
Adicionalmente, o comunicado da chancelaria precisou que o embaixador Suéscum chegará nessa noite em Quito. As investigações efetuadas pelos militares equatorianos na zona de Angostura, na floresta amazônica do nordeste do Equador, permitiram determinar que na madrugada do sábado aconteceu um bombardeio sobre uma base clandestina improvisada pelas rebeldes Farc.
Além disso, o Equador sustenta que tropas colombianas penetraram na zona para levar os cadáveres de Reyes e de Julián Conrrado, comandantes dessa guerrilha.
Ali se encontraram 11 cadáveres de guerrilheiros e, segundo últimos relatórios, três mulheres feridas desse grupo foram transferidas de Angostura para a cidade de Nueva Loja, a capital de Sucumbíos.
Matéria publicada no site do G1... interessante o assunto, só que Chavez pode estar errado em romper as relações diplomáticas com a Colômbia num sinal de enfrentamento com o imperialismo...
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Chávez manda fechar a embaixada em Bogotá
Presidente da Venezuela ordenou que funcionários deixem o local. Chávez vai enviar ainda batalhões para a fronteira com o Equador

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou neste domingo (2) que todos os funcionários saiam da embaixada em Bogotá, na Colômbia.

"Por favor, chanceler (Nicolás) Maduro, feche a embaixada e mande que todos voltem", afirmou Chávez. Ele ordenou ainda ao ministro da Defesa, Gustavo Rangel, que envie "dez batalhões para a fronteira com a Colômbia".

"Não queremos guerra, mas não vamos permitir que o império (Estados Unidos) e nem o seu cachorro venham a nos atacar", completou.

A ordem acontece menos de 24 horas depois de Chávez reagir à morte do número do 2 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), sábado (1).

Para Chávez, foi um "assassinato covarde" o ato cometido contra Reyes pelos colombianos e ainda dedicou um minuto de silêncio ao chefe das Farc morto.
Saiba mais

Na noite de sábado, o mandatário venezuelano fez uma ameaça ao governo colombiano pela ação que fez em território equatoriano. A medida fez até Rafael Correa, presidente do Equador e parceiro de Chávez, a cancelar a viagem para Cuba até resolver o assunto com Álvaro Uribe, presidente da Colômbia.

O ataque
Militares colombianos mataram Raul Reyes em um ataque aéreo no Equador, desferindo um grande golpe na guerrilha, reportaram oficiais em Bogotá.

Uribe telefonou a Correa para falar com ele sobre a operação, mas não ficou claro se eles se falaram antes ou depois da ação. Reyes estava em um acampamento rebelde localizado a 1,8 km da fronteira colombiana-equatoriana, quando a força aérea da Colômbia começou a bombardear pouco depois da meia-noite de sábado, segundo o ministro da Defesa colombiano Juan Manuel Santos. Tropas de solo colombianas seguiram também para o esconderijo da guerrilha. Dezessete guerrilheiros e um soldado foram mortos na operação. "É o mais pesado golpe contra este grupo terrorista", disse o ministro da defesa colombiano.
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