DIA 8 DE MARÇO: DEDICADO À LUTA EM DEFESA DA MULHER TRABALHADORA, CONTRA O MACHISMO, A OPRESSÃO E PELO SOCIALISMO.
Por Neide Solimões*
No Dia Internacional da Mulher é fundamental que nós, mulheres, entendamos o que significa essa luta para nós, trabalhadoras. Não se pode ver o dia 8 de março como um dia para recebermos presentes e flores. É um dia onde devemos explicitar para a sociedade a nossa luta cotidiana contra o capitalismo, a opressão, a exploração, a retirada de direitos, a violência, o assédio moral e sexual, a dupla e até tripla jornada de trabalho, a repressão e o controle do estado sobre o nosso corpo. Essa luta para ser vitoriosa tem destino certo, que são os governos e os patrões, que oprimem mulheres e homens para que possam melhor explorar toda a classe. O machismo, a opressão e a exploração é parte integrante do capitalismo, por isso só os destruiremos se destruirmos o próprio capitalismo.Nessa luta precisamos nos organizar para enfrentar o governo Lula que, além de já ter aumentado a idade para aposentadoria, agora quer diminuir a diferença de idade entre mulheres e homens, sem levar em consideração a dupla/tripla jornada de trabalho a que as mulheres são submetidas. Muitas mulheres sequer terão saúde quando se aposentarem, pois estarão esgotadas física e mentalmente. Outras reformas que destroem direitos, como a trabalhista e a sindical, novamente atingirão muito mais as mulheres, pois os direitos conquistados com suor e sangue em décadas passadas estarão com os dias contados e os sindicatos, nossos instrumentos de luta, estarão muito mais enfraquecidos. Isso já seria grave mas o governo Lula também quer acabar com o direito de greve, para evitar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras.Para se ter uma idéia das condições de vida das mulheres brasileiras, podemos citar alguns dados estarrecedores, cuja fonte é o próprio governo através do IBGE, PNAD (2006) e do SUS: a cada 15 segundos uma mulher é espancada e em 50% dos casos o agressor é o marido ou companheiro; Cerca de 1 milhão de mulheres, por ano, fazem aborto no Brasil. 250 mil dão entrada em hospitais com hemorragias ou infecções decorrentes de abortos inseguros; As mulheres com carteira assinada ganham, em média, 28,4% menos que os homens, no Brasil; A principal ocupação feminina ainda é o trabalho doméstico, representando 17% da força de trabalho, sendo que dessas 55% são negras, 60% não completaram o ensino fundamental e só 25% tem carteira assinada.Em defesa da mulher trabalhadora, precisamos lutar contra o pagamento das dívidas externa e interna, por direito ao emprego e salários dignos, salários iguais para tarefas iguais, contra as reformas neoliberais que retiram direitos de mulheres e homens, por saúde e educação públicas de qualidade, pela legalização e descriminalização do aborto e por todas as lutas que reivindiquem para trabalhadores e trabalhadores melhor qualidade de vida.
No Dia Internacional da Mulher é fundamental que nós, mulheres, entendamos o que significa essa luta para nós, trabalhadoras. Não se pode ver o dia 8 de março como um dia para recebermos presentes e flores. É um dia onde devemos explicitar para a sociedade a nossa luta cotidiana contra o capitalismo, a opressão, a exploração, a retirada de direitos, a violência, o assédio moral e sexual, a dupla e até tripla jornada de trabalho, a repressão e o controle do estado sobre o nosso corpo. Essa luta para ser vitoriosa tem destino certo, que são os governos e os patrões, que oprimem mulheres e homens para que possam melhor explorar toda a classe. O machismo, a opressão e a exploração é parte integrante do capitalismo, por isso só os destruiremos se destruirmos o próprio capitalismo.Nessa luta precisamos nos organizar para enfrentar o governo Lula que, além de já ter aumentado a idade para aposentadoria, agora quer diminuir a diferença de idade entre mulheres e homens, sem levar em consideração a dupla/tripla jornada de trabalho a que as mulheres são submetidas. Muitas mulheres sequer terão saúde quando se aposentarem, pois estarão esgotadas física e mentalmente. Outras reformas que destroem direitos, como a trabalhista e a sindical, novamente atingirão muito mais as mulheres, pois os direitos conquistados com suor e sangue em décadas passadas estarão com os dias contados e os sindicatos, nossos instrumentos de luta, estarão muito mais enfraquecidos. Isso já seria grave mas o governo Lula também quer acabar com o direito de greve, para evitar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras.Para se ter uma idéia das condições de vida das mulheres brasileiras, podemos citar alguns dados estarrecedores, cuja fonte é o próprio governo através do IBGE, PNAD (2006) e do SUS: a cada 15 segundos uma mulher é espancada e em 50% dos casos o agressor é o marido ou companheiro; Cerca de 1 milhão de mulheres, por ano, fazem aborto no Brasil. 250 mil dão entrada em hospitais com hemorragias ou infecções decorrentes de abortos inseguros; As mulheres com carteira assinada ganham, em média, 28,4% menos que os homens, no Brasil; A principal ocupação feminina ainda é o trabalho doméstico, representando 17% da força de trabalho, sendo que dessas 55% são negras, 60% não completaram o ensino fundamental e só 25% tem carteira assinada.Em defesa da mulher trabalhadora, precisamos lutar contra o pagamento das dívidas externa e interna, por direito ao emprego e salários dignos, salários iguais para tarefas iguais, contra as reformas neoliberais que retiram direitos de mulheres e homens, por saúde e educação públicas de qualidade, pela legalização e descriminalização do aborto e por todas as lutas que reivindiquem para trabalhadores e trabalhadores melhor qualidade de vida.
Neide Solimões: Executiva Nacional da CONDSEF e do Diretório Nacional do PSOL.