Bancada do PSOL presta solidariedade ao Presidente do Equador
Por iniciativa da Deputada Federal e líder do PSOL na Câmara, Luciana Genro, uma comitiva de parlamentares brasileiros esteve com o Presidente do Equador, Rafael Correa, em Brasília, ao meio-dia de hoje, 5 de março, prestando solidariedade ao governo equatoriano diante da agressão à soberania territorial daquele país por parte do governo da Colômbia. "Esse episódio explicita a disposição do governo colombiano de Álvaro Uribe em sabotar o acordo humanitário que vinha promovendo a liberação dos reféns das FARC", afirmou a líder da bancada do PSol. O governo da Colômbia deve ser responsabilizado por eventuais dificuldades em futuras liberações de reféns, concluiu após entregar a Correa uma declaração da executiva do PSOL que repudia a incursão criminosa de Uribe no Equador.
A solidariedade da comitiva, que era composta por toda a bancada do PSOL no Congresso e por outros deputados, foi muito bem acolhida pelo Presidente Correa que comentou aos parlamentares que "essa não é uma crise bilateral entre Colômbia e Equador, mas uma crise continental. Quem pode garantir que amanhã não será o Brasil a ter seu território invadido?" argumentou ele. A seguir, o texto da declaração.
Declaração do PSOL repudia a incursão criminal de Uribe no Equador
A ação capitaneada pelo governo de Uribe em território equatoriano em 1º de março é uma provocação inaceitável contra todo o povo latino-americano e seus países. É necessário o mais enérgico repúdio ao governo colombiano e a solidariedade com os governos do Equador e da Venezuela que imediatamente retiraram seus embaixadores da Colômbia.
O governo equatoriano de Rafael Correa mostrou a enorme gravidade do fato confirmado depois da visita das forças armadas de seu país ao lugar do acontecido: “Equador sofreu um ataque aéreo planificado e uma incursão posterior das tropas com a plena consciência de que estavam violando nossa soberania”. O presidente explicou também que “todos os cadáveres estavam com roupas de dormir, o que descarta a versão oficial de uma perseguição em legítima defesa”. Deixou esclarecido também que se tratou de um massacre, já que os aviões colombianos “entraram mais de 10 km em território equatoriano e em seguida foram seguidos por helicópteros que concluíram a matança, inclusive com tiros pelas costas”.
Organizações democráticas e de defesa dos direitos humanos colombianas tem denunciado sistematicamente a política de Uribe de apoio aos paramilitares e a vinculação de seu governo ao narcotráfico. É um dado também que o exército colombiano é quem, depois de Israel, recebe a maior ajuda militar dos Estados Unidos. Há no território colombiano assessores e mais de 3.000 soldados e/ou mercenários desse país atuando com o exército colombiano.
Com esta ação militar para massacrar os guerrilheiros, o governo de Uribe deixou cair totalmente sua máscara de governo que pretendia negociar para obter a libertação dos reféns em poder das FARC. O massacre e assassinato de Raúl Reyes ocorrem quando este dirigente das FARC estava negociando diretamente com enviados da França a libertação de Ingrid Bettancourt. Repudiamos o massacre e lamentamos profundamente a morte de todos os guerrilheiros.
Fica claro que sua política é de extermínio e militarista, como têm denunciado inclusive familiares dos reféns que esperavam e apoiavam a solução de negociações que havia empreendido o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Mas vai mais além. Pela primeira vez em nosso continente ocorreu um fato similar às incursões do exército sionista de Israel sobre o Líbano e a Palestina. Isto acontece quando é sabido que Equador e Venezuela, que fazem fronteiras com a Colômbia, assumem de forma soberana e democrática uma posição de independência econômica e política dos EUA, procurando uma integração continental por fora do servilismo ao imperialismo norte-americano.
O PSOL apóia o presidente Rafael Correa em sua política de não admitir a invasão covarde e manipulada às fronteiras do Equador. Apóia também atitude do presidente Hugo Chávez, que vem alertando sobre o significado da política militarista de Uribe e que, frente à gravidade do fato, expulsou todos os diplomatas da Colômbia e enviou suas tropas à fronteira. São ações soberanas tomadas pelos presidentes Correa e Chávez para evitar qualquer tentativa das forças armadas dirigidas por Uribe de socavar a soberania de seus países.
O PSOL denuncia que a política criminosa de Uribe, apoiada diretamente pelo governo dos Estados Unidos, é o principal perigo de uma escalada armamentista na região. Para evitar esta possibilidade, que com certeza não é o desejo dos povos das três nações, expressamos também nossa solidariedade e apoio ao povo colombiano na sua luta contra o governo Uribe, inimigo declarado de seu povo, da unidade latino-americana e um fiel defensor dos interesses imperialistas na América Latina. Para que nosso continente não se torne um novo Oriente Médio, se impõe o desmantelamento das bases militares dos Estados Unidos na região.
O PSOL exige que o governo Lula tome uma atitude de firmeza e acompanhe a posição soberana dos governos de Equador e da Venezuela para isolar esse projeto militarista contra os povos de nosso continente.
A solidariedade da comitiva, que era composta por toda a bancada do PSOL no Congresso e por outros deputados, foi muito bem acolhida pelo Presidente Correa que comentou aos parlamentares que "essa não é uma crise bilateral entre Colômbia e Equador, mas uma crise continental. Quem pode garantir que amanhã não será o Brasil a ter seu território invadido?" argumentou ele. A seguir, o texto da declaração.
Declaração do PSOL repudia a incursão criminal de Uribe no Equador
A ação capitaneada pelo governo de Uribe em território equatoriano em 1º de março é uma provocação inaceitável contra todo o povo latino-americano e seus países. É necessário o mais enérgico repúdio ao governo colombiano e a solidariedade com os governos do Equador e da Venezuela que imediatamente retiraram seus embaixadores da Colômbia.
O governo equatoriano de Rafael Correa mostrou a enorme gravidade do fato confirmado depois da visita das forças armadas de seu país ao lugar do acontecido: “Equador sofreu um ataque aéreo planificado e uma incursão posterior das tropas com a plena consciência de que estavam violando nossa soberania”. O presidente explicou também que “todos os cadáveres estavam com roupas de dormir, o que descarta a versão oficial de uma perseguição em legítima defesa”. Deixou esclarecido também que se tratou de um massacre, já que os aviões colombianos “entraram mais de 10 km em território equatoriano e em seguida foram seguidos por helicópteros que concluíram a matança, inclusive com tiros pelas costas”.
Organizações democráticas e de defesa dos direitos humanos colombianas tem denunciado sistematicamente a política de Uribe de apoio aos paramilitares e a vinculação de seu governo ao narcotráfico. É um dado também que o exército colombiano é quem, depois de Israel, recebe a maior ajuda militar dos Estados Unidos. Há no território colombiano assessores e mais de 3.000 soldados e/ou mercenários desse país atuando com o exército colombiano.
Com esta ação militar para massacrar os guerrilheiros, o governo de Uribe deixou cair totalmente sua máscara de governo que pretendia negociar para obter a libertação dos reféns em poder das FARC. O massacre e assassinato de Raúl Reyes ocorrem quando este dirigente das FARC estava negociando diretamente com enviados da França a libertação de Ingrid Bettancourt. Repudiamos o massacre e lamentamos profundamente a morte de todos os guerrilheiros.
Fica claro que sua política é de extermínio e militarista, como têm denunciado inclusive familiares dos reféns que esperavam e apoiavam a solução de negociações que havia empreendido o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Mas vai mais além. Pela primeira vez em nosso continente ocorreu um fato similar às incursões do exército sionista de Israel sobre o Líbano e a Palestina. Isto acontece quando é sabido que Equador e Venezuela, que fazem fronteiras com a Colômbia, assumem de forma soberana e democrática uma posição de independência econômica e política dos EUA, procurando uma integração continental por fora do servilismo ao imperialismo norte-americano.
O PSOL apóia o presidente Rafael Correa em sua política de não admitir a invasão covarde e manipulada às fronteiras do Equador. Apóia também atitude do presidente Hugo Chávez, que vem alertando sobre o significado da política militarista de Uribe e que, frente à gravidade do fato, expulsou todos os diplomatas da Colômbia e enviou suas tropas à fronteira. São ações soberanas tomadas pelos presidentes Correa e Chávez para evitar qualquer tentativa das forças armadas dirigidas por Uribe de socavar a soberania de seus países.
O PSOL denuncia que a política criminosa de Uribe, apoiada diretamente pelo governo dos Estados Unidos, é o principal perigo de uma escalada armamentista na região. Para evitar esta possibilidade, que com certeza não é o desejo dos povos das três nações, expressamos também nossa solidariedade e apoio ao povo colombiano na sua luta contra o governo Uribe, inimigo declarado de seu povo, da unidade latino-americana e um fiel defensor dos interesses imperialistas na América Latina. Para que nosso continente não se torne um novo Oriente Médio, se impõe o desmantelamento das bases militares dos Estados Unidos na região.
O PSOL exige que o governo Lula tome uma atitude de firmeza e acompanhe a posição soberana dos governos de Equador e da Venezuela para isolar esse projeto militarista contra os povos de nosso continente.
Executiva Nacional do PSol
Brasília, 5 de março de 2008
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